Não quero um amor de plástico.
Quero um amor que envelheça, acabe, apodreça,
mas que tenha vida.
Amor que as palavras não dêem conta,
que me embarasse, rasgue o nexo,
imponha nova configuração
ao meu parco entendimento do mundo,
de mim.
Amor de traça ao comer o papel-palavra.
Amor pelos orifícios, artifícios.
Tudo é decoração?
É pelo amor que não me enterro dentro de mim,
depois do durante de tanta dor, neste vale de lágrimas.
Semeio a planta que dá a vida,
cultivo,
até que ela cria vida própria,
e vai crescer noutro jardim.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
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